End of Eduquê Season 1 – What have we learned so far?
Andressa Pellanda & Rui da Silva
In the last episode of the year, our hosts Andressa Pellanda and Rui da Silva review the year of Eduquê.
In an uplifting conversation, we get to know Andressa’s and Rui’s highlights of the season, as well as our plans for 2022.
To our dear listeners, our many thanks for following us in the path of making the first Portuguese version of FreshEd podcast and the first podcast of the Brazilian Campaign for the Right to Education. See you next year!
No último episódio de 2021, nossos apresentadores Andressa Pellanda e Rui da Silva repassam o ano do Eduquê.
Em uma conversa mais solta, podemos saber os momentos mais marcantes de vários episódios para Andressa e Rui, além dos planos para 2022.
A queridas e queridos ouvintes, expressamos nosso profundo agradecimento por nos acompanhar na trajetória do primeiro podcast da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e da primeira versão em português do podcast internacional FreshEd, de Will Brehm. Até o ano que vem!
ANDRESSA PELLANDA: Esse é o Eduquê, podcast em português que promove a partilha de conhecimento qualificado por ativistas e acadêmicos sobre questões atuais da educação.
Eu sou Andressa Pellanda, coordenadora-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, do Brasil.
RUI DA SILVA: E eu sou Rui da Silva, pesquisador e presidente da direção do Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto, Portugal. Hoje vamos recapitular os principais momentos do nosso Eduquê em 2021. Vamos lá Andressa?
ANDRESSA PELLANDA: Vamos lá, Rui, esse será um episódio final diferente. A gente vai falar só nós dois aqui hoje. Até sinto falta de um convidado para começar a fazer perguntas. A gente vai ter que se virar nos 30 e estou animada!
RUI DA SILVA: Também estou bastante animado. Para fazermos então este balanço do nosso primeiro ano do Eduquê… Falamos com convidados que estavam em países como o Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e França.
ANDRESSA PELLANDA: E a gente tratou de vários assuntos. O direito à educação em contextos extremos, Moçambique que passou por várias situações de emergência climática e de terrorismo, e avanço da privatização da educação na América Latina e do Caribe em escala mundial, desafios para a regulação da atuação do setor privado. Mas falamos muito sobre direitos digitais, Big Techs, que é um dos temas da vez no Brasil e no mundo. A gente trouxe uma convidada brasileira, mas que tem essa perspectiva também global. A gente teve os 100 anos de Paulo Freire o nosso podcast não passou sem olhar para isso, obviamente, com convidados ilustres, pessoas que conheceram, conviveram e estudaram e seguem vivendo a obra de Paulo Freire. Mas falamos também sobre a qualidade da escola pública como resposta positiva à pandemia, e currículo, e o direito à educação em Guiné-Bissau e nesses outros países. Então foi um ano cheio de conversas sobre grandes temas da educação e todos imersos no contexto que a gente está vivendo que é um contexto desafiador, né.
RUI DA SILVA: É verdade, este contexto desafiador, e eu acho que dos episódios que nós lançamos este ano é no nosso podcast Eduquê… E eu acho que destacaria três episódios. Destacaria, digamos que foram os que foram os meus favoritos… Eu destacaria o do Sérgio Haddad, sobre o “Educador”. Ele nos deu a conhecer aspectos da vida de Paulo Freire. Por exemplo, eu não conhecia não e outros aspectos mais mais pessoais.
ANDRESSA PELLANDA: É como se a gente fosse íntimos agora.
RUI DA SILVA: Exato. Nós tínhamos esta conversa. Ele usou um olhar mais íntimo sobre o outro lado do Paulo. Eu destacaria também, se calhar, o episódio da Isabel da Silva, sobre Moçambique, foi o nosso primeiro episódio, e eu acho que foi uma boa abertura quando nos lançou algo para o contexto de Moçambique. A questão dos desafios da educação num país que enfrenta um conflito no Norte do país, e também está a enfrentar uma resposta aos desafios do furacão… E por fim eu destacaria muito mais enquanto o meu perfil, não é, e quando falo em termos mais acadêmicos e termos de investigação acho que foi muito interessante o episódio da Marina Avelar, porque nos traz o outro lado da discussão em vez de estarmos a falar só sobre privatização da educação. O foco foi por que é que a educação pública funciona, e dá nos exemplos onde a educação pública e o investimento público em educação, com exemplos de várias partes do mundo, de África a América Latina. Como este investimento na educação pública funciona, a educação pública funciona, e portanto esta ideia do senso comum que o privado gere melhor, tem melhores resultados, não é, o estudo que ela nos apresentou mostra que isso não é verdade. É contextual, depende. E a educação pública de facto funciona. E tu, Andressa, o que é que gostaria de destacar dos nossos episódios deste ano de 2021.
ANDRESSA PELLANDA: Ah, eu gostei muito do Sérgio Haddad. Como você falou, ele traz a obra a biografia do Paulo Freire, o “Educador” não só pelo título mas também por essa questão que você já trouxe, que torna a gente mais íntimo, a gente conhece mais um pouco das motivações pessoais da vinda do Paulo Freire, trazendo também um contexto muito atual. Mas eu gostei particularmente também do meu lugar. Isso é a diversidade do nosso podcast, de ativista da educação, gostei muito de ouvir e conhecer melhor sobre os países, os ativistas de países que foram convidados… Você já mencionou a Isabel, com ênfases muito importantes e aprendizados que ela trouxe para a gente em relação a Moçambique, que enfrenta uma série de desafios sobrepostos na área da educação e a gente conhece o trabalho um pouco que eles fazem em Moçambique através da Rede Lusófona, mas não tão a fundo quanto podemos conhecer. No podcast, então paro para ouvir sobre Moçambique, sobre os desafios e como eles enfrentam isso. O próprio Vitor Barbosa também, que trouxe cenários de Angola, também da Educação de Jovens e Adultos, trazendo Paulo Freire nessa perspectiva, mas fazendo essa conjuntura a própria situação do país na educação e também do movimento de Angola pelo Direito à Educação. E aí acho que foi muito surpreendente para mim, foi um dos maiores aprendizados com o Miguel, da Guiné-Bissau. Eu não conhecia o Miguel apesar dele ser muito conhecido no Brasil e no mundo. Eu não conhecia e foi muito gratificante poder conhecer e entender também da história de Guiné-Bissau que é uma história riquíssima e muito interessante da perspectiva da luta popular pela garantia de direitos e também dos processos atuais de colonização que se tenta colocar de interferências de organismos internacionais na diretriz de políticas dos países. Para mim, também foi muito interessante em termos acadêmicos porque pesquiso a situação global dos atores e desses regimes da educação. É olhar para essa perspectiva do, doméstico para o global, para esses organismos multilaterais. Foi muito interessante também para compreender como eles passam a atuar e trazem também questões muito prejudiciais e de interferência internacional em questões domésticas que precisariam de um suporte muito mais forte nacional. E a gente sempre defende isso aqui no Brasil, de a gente poder fazer nossas políticas a partir de baixo para cima e de forma horizontal, participativa, democrática com os sujeitos da educação, claro, não deixando de lado o aprendizado e as questões internacionais outros atores mais a partir dos nossos movimentos da nossa comunidade educacional, como também é o movimento que Guiné-Bissau faz muito, apesar de ter uma interferência forte de atores globais. Então, isso foi um dos que eu mais aprendi, assim em termos de impacto. Rui, eu queria conversar também e falar um pouquinho para os nossos ouvintes sobre o que a gente aprendeu enquanto apresentadores e os outros produtores aqui também do podcast que é a primeira vez que eu apresento um podcast como você falou.
ANDRESSA PELLANDA: Eu sou faladeira desde criança. As pessoas sempre falam que eu falo bastante. Quando eu era criança eu até sofria brincadeiras falavam que eu era vitrola estragada, porque eu falava muito. E apesar disso é um desafio porque é um formato específico, tem um público específico, tem todo um processo de diálogo com quem está sendo convidado para o nosso podcast, e tem toda a parte técnica. A gente está aqui nesses microfones bonitos, diferentes que também a gente teve que aprender a usar, os nossos ouvintes não ouvem essa parte porque ela é editada mas no começo do podcast a gente faz uma palminhas pra começar então um-dois-três para a gente poder começar ao mesmo tempo e poder facilitar a edição do podcast. E as pessoas acham que é muito trivial. Às vezes, no podcast porque ele está numa profusão no mundo e sendo muito utilizado, mas na verdade isso é que chega para o ouvinte depende do trabalho de várias pessoas de prospecção desde o contato com entrevistado até toda a parte de gravação. A parte de produção, de um roteiro, de edição, e enfim toda a parte também de subir no ar e fazer todo esse sistema funcionar. Então essa parte do iceberg que fica embaixo da água também é muito interessante da gente falar considerando que a gente é um podcast de educação e também pode fazer uma comunicação aqui na nossa discussão.
RUI DA SILVA: Exato. Foi uma aprendizagem muito grande e acho que todos nós temos este salto grande. Temos que dar um salto grande de aprendizagem e os nossos ouvintes podem ver no nos créditos. Há uma equipa grande do Eduquê, do que por exemplo estamos aqui a gravar o Renan e a Mari estão aqui apoiar a parte mais técnica, mas também temos o José, temos às vezes nossos cachorros que aparecem. Temos os nossos gatos que aparecem. Temos os nossos enganos e estamos a ler a introdução. Estamos apresentando o estado e temos que repetir a gravação como é óbvio vocês não ouvem. Tem por exemplo muitas vezes eu mesmo e a minha cadeira faz um barulho e estraga a gravação. Já tentei várias soluções, mas não ainda não consegui resolver. Eu acho que agora acabou de fazer um barulho e portanto foi esse longo processo de aprendizagem. E como vocês também não sabem mas, por exemplo, durante o nosso agendamento durante este ano. Driblava outros convidados, mas que infelizmente por uma outra razão por uma outra razão não puderam estar conosco. E tentamos também cumprir este lançamento mensal de um novo episódio, e se junta a todas as outras nossas tarefas. Às vezes é pesado, mas é um grande prazer e para mim também como uma novidade, nunca tinha apresentado um programa e nunca tinha lidado com os microfones mais sofisticados e tem sido uma experiência muito boa. E também, é obrigado a Andressa na altura que estamos a discutir podcasts, por ter desafiado com a apresentação e nós dois em conjunto. E como é óbvio acho que devemos também um agradecimento grande ao FreshEd. Foi através deste contato com o FreshEd e com tudo que nos passou todo o know-how e também que conseguiu algum financiamento para que conseguíssemos ter esta qualidade. Não é preciso ser modesto, não é, esta qualidade de produção, de pós produção, e conseguirmos construir este projeto.
ANDRESSA PELLANDA: E eu acho que a qualidade ela passa também pelo desafio, é que a gente soube trazer convidadas/os do mundo inteiro, e a esse desafio ele passa não só pela questão muito técnica e prática de marcar reuniões em horários adversos para todos e todas nós. Às vezes acordamos cedo. Que bom que o podcast é só ouvido porque minha cara às vezes de madrugada praticamente era uma cara de sono, mas que a gente sempre acorda para fazer o podcast com muito prazer. Acho que não teve um dia que eu não vim gravar aqui. Aprendi muito e saio muito contente com o que a gente estava fazendo, que a gente estava aprendendo. E passa também pelo desafio de diferentes sotaques ou assuntos que são trazidos, e acho que isso também foi uma das questões que eu convoquei bastante que o Rui fosse apresentador também para a gente ter uma diversidade na própria apresentação sobre os portugueses, que a gente fala diferente em cada um dos lugares do mundo. Eu acho que isso é uma questão que só o podcast Eduquê tem, dos que eu conheço, e acho que traz uma grande diversidade. A gente teve até um portunhol falado por uma francesa e com o episódio riquíssimo também. Eu acho que a gente conseguiu também avançar nesse aspecto, e para o ano que vem a gente está cheio de ideias, não é, Rui?
RUI DA SILVA: E com o próximo ano estamos cheios de ideias e queremos continuar a trazer esta diversidade de olhares e ouvir as vozes das pessoas que trabalham na prática e na academia… É tentando fazer esta ponte. E no próximo ano estamos a pensar de trazer outras perspetivas ao ouvirmos alternativas no campo da educação. Se calhar podemos passar pelos vários continentes como nós já referimos no início, e para quem fala e ouve língua portuguesa, não é o caso, como Andressa diz, teremos uma convidada da França que falou um portunhol, para falar sobre os Princípios de Abidjan e o direito à educação e neste próximo ano pretendemos continuar esta saga e o nosso foco serão as alternativas. Andressa, não sei se queres dar já alguns exemplos dos nossos planos…
ANDRESSA PELLANDA: Sim, então aqui no Brasil a gente está numa perspectiva muito forte de trabalho com povos tradicionais, povos e populações tradicionais. Então a gente gostaria muito de trazer populações quilombolas, que é uma palavra que a gente nunca consegue traduzir para outras línguas e nem acho que alguns falantes da língua portuguesa conhecem essa palavra, que são populações descendentes de escravos e que se aqui aquilombam, então vivem em comunidades de luta a resistência do povo negro com uma cultura riquíssima e própria. Então a gente tem feito um trabalho muito forte de conhecer a educação dessa população, trabalhos em parceria também com a Conaq, que é a organização que reúne os povos quilombolas do Brasil. Então, por exemplo, é um spoiler aí que a gente está dando sobre uma das perspectivas que a gente quer trazer. Então, quilombolas indígenas, outras populações tradicionais, vamos convidá-los para virem conversar aqui, não só pesquisadores como os próprios sujeitos de direito, os próprios representantes de algumas dessas comunidades.
RUI DA SILVA: Exato, e tentando sempre cruzar com a investigação científica sobre essas outras de diferentes perspectivas, que é o nosso compromisso, este nosso olhar que tentamos trazer cá, para os nossos ouvintes, esta diversidade, esta mistura entre produção acadêmica e a prática do dia a dia de educadores e de comunidades.
ANDRESSA PELLANDA: A gente tem então também ideias para outros convidados internacionais. Falei um pouco do Brasil, mas ressurge também outras ideias de convidados internacionais. Agora, a gente tem um trabalho muito mais próximo de São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, que são dois países que integram a Rede Lusófona pelo Direito à Educação. Eles estão voltando a participar das nossas atividades mais recentemente, então vai ser também super interessante conhecer o trabalho de um país de de língua oficial portuguesa no continente asiático. Compreender também como essa questão transpassa os trabalhos e a realidade da educação nesses países… Então essa diversidade vai estar presente também nas regiões, nas perspectivas de trabalho de vários lugares do globo, não só nos territórios e mais locais que a gente está discutindo.
RUI DA SILVA: Exato, portanto são todos os nossos planos – não nossos, só meu e da Andressa, mas de toda a equipa – convido vos a ir ao site, da secção da equipa, e verem qual a nossa equipa. Gostaríamos também que tem sugestões para episódios, para convidados que nos façam chegar, essa informação que nós teremos todo o gosto em receber o vosso feedback e as vossas sugestões, e trataremos delas com o maior carinho possível e tentaremos abordá-las nestes nossos episódios com construção. Vamos tentar então o que os nossos ouvintes dizem. Também participe desta construção.
ANDRESSA PELLANDA: E como educação é a apropriação de cultura, a gente vai trazer diversas culturas. Aqui vai uma das nossas vontades, eu já vou deixar aí o desafio ao vivo que seria muito interessante se a gente pudesse trazer alguém para conversar que seja do Museu da Língua Portuguesa que tem aqui em São Paulo, que foi o museu que pegou fogo por conta de falta de investimentos, em infraestrutura, um acidente que aconteceu, e que ele foi reinaugurado. E a gente tem muito interesse em compreender também o que o Museu da Língua Portuguesa traz sobre a nossa língua. E já tenho alguns contatos e vamos ver se a gente consegue fazer uma conversa com alguém do museu e fazer alguma parceria para que a gente possa trazer também, mas do aprendizado do Museu da Língua Portuguesa para aqui no podcast. Então, educação, cultura, luta, pesquisa de várias partes do mundo, de vários olhares e o que você vai continuar encontrando aqui no podcast, do que é neste ano que já encontrou um pouco e no próximo ano também.
RUI DA SILVA: Exato, e como já perceberam se querem spoilers e enviar e-mails, Andressa, não enviarem para mim que estou aqui a controlar bastante para não dar muitos spoilers. E a Andressa conseguiu já lançar pelo menos, que eu tenha conseguido tomar nota, dois deles, e portanto quem não conseguir aguentar a produção dos episódios para 2022, quem tiver mesmo muito ansioso para ver quais são os temas se calhar se contactarem a Andressa vão conseguir mais uns spoilers, não é.
ANDRESSA PELLANDA: Não me aguento de animação, Rui! E é bom porque daí deixa a gente com um compromisso publicado de fazer isso acontecer. Então se não der certo, nos desculpem, na verdade, me desculpem porque eu estou aqui dando spoilers antes da hora, mas é bom dar uns spoilers as pessoas querem ouvir depois, elas ficam curiosas… Eu tô animada.
RUI DA SILVA: Até por isso que tomei outro lado positivo de sermos dois e termos um temos personalidades bastante diferentes, além dos sotaques e conseguimos também nos complementar de algo muito mais controlado em termos de spoilers e muito mais à vontade e a partilhar.
ANDRESSA PELLANDA: Eu ia falar que eu segurei alguns, mas eu estou tentando lembrar outros que eu não falei, que eu não lembro. Então eu não segurei porque eu quis. Eu segurei porque a falta de memória está constante e aí eu queria deixar o agradecimento enorme aos nossos ouvintes primeiramente que acompanharam o podcast do que essa empreitada essa aventura que a gente está fazendo aqui que é um dos trabalhos que eu fiz com maior prazer esse ano, que eu aprendi demais e que eu espero que tenha vida longa. Queria também deixar o agradecimento ao Rui, que dividiu esse desafio aqui de apresentar junto comigo e especialmente a Mari, ao Renan e ao José, todas as pessoas que fizeram parte dessa produção aqui. Sem eles a gente não teria esse podcast de pé, e que dão toda sustentação para que isso acontecesse. Então espero que a gente possa continuar no que vem cumprindo com os spoilers que eu dei e que a gente continue aqui nos divertindo, trazendo cultura e também trazendo muita luta para esse momento desafiador que vivemos no Brasil e também no mundo para a nossa educação. São os desejos para 2022 que já está logo aí.
RUI DA SILVA: Eu faço das tuas palavras as minhas, de fato. Agradecer bastante esta parceria. Temos aprofundado para os nossos ouvintes que esse bocado de falar vira mais um spoiler, mas interno: que toda a equipa produz este podcasts… Nunca estivemos todos juntos, não é, o que nos encontramos sempre em espaço virtual. Então um agradecimento à ti, Andressa, por esta oportunidade. Vamos para frente desta parceria, mas também muito obrigado ao Renan, Mariana e ao José, e toda a gente que faz parte que nos permitiu por este podcast pé, e eu como grande fã de podcasts, às vezes nem parece verdade que estou também a produzir este podcast. Mais um spoiler: eu priorizei sempre a gravação do podcast e a produção do podcast em todas as minhas outras tarefas excetuando, claro, a família está primeiro lugar… Mas logo a seguir vem o Eduquê. Por isso, até 2022! E esperamos continuar a contar convosco. Não deixem de nos contactar com sugestões! Obrigado.
ANDRESSA PELLANDA: Esse foi o podcast Eduquê em 2021, fique conosco também em 2022. Boas festas! Se você tem comentários, sugestões, críticas, conversas… Fale conosco no comunicacao@campanhaeducacao.org.br . Vamos conversar e construir esse podcast juntas e juntos!
RUI DA SILVA: Juntos você pode saber das nossas novidades seguindo a Campanha Nacional pelo Direito à Educação e oferecer nas redes sociais a transcrição deste episódios, que está disponível no site da Campanha e traduzida para inglês no site do podcast internacional FreshEd, em freshedpodcast.com
ANDRESSA PELLANDA: As opiniões expressas pelo programa correspondem apenas às dos apresentadores e entrevistados – e não necessariamente representam posições institucionais de FreshEd e Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
RUI DA SILVA: Se você gostou do Eduquê, por favor faça a sua avaliação! Marque as 5 estrelinhas para o Eduquê na sua plataforma de podcast favorita. Isso nos ajuda muito, mesmo.
ANDRESSA PELLANDA: O Eduquê tem produção executiva de Renan Simão e Will Brehm. Mariana Casellato, José Leite Neto e Rui da Silva são produtores. A música original do Eduquê é de Joseph Minadeo, do Patternbased Music.
RUI DA SILVA: O Eduquê é financiado pelo Instituto de Educação da University College London, pela NORRAG – que é a rede de políticas internacionais e cooperação em educação e treinamento – e por ouvintes como você.
ANDRESSA PELLANDA: Faça a sua colaboração em freshedpodcast.com/donate ou em direitoaeducacao.colabore.org. Obrigada pela atenção.
Aqui quem fala é Andressa Pellanda, coordenadora-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, do Brasil.
RUI DA SILVA: E Rui da Silva, pesquisador e presidente da Direção do Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto, de Portugal. Estaremos de volta no ano que vem!
ANDRESSA PELLANDA: Até 2022 e fora Bolsonaro!
ANDRESSA PELLANDA: This is Eduquê, a podcast in Portuguese that promotes the sharing of qualified knowledge by activists and academics on current issues in education. I’m Andressa Pellanda, general coordinator of the Brazilian Campaign for the Right to Education.
RUI DA SILVA: And I’m Rui da Silva, researcher and chairman of the board of the Center for African Studies at the University of Porto, Portugal. Today we will recap the main moments of Eduquê in 2021. Let’s go Andressa?
ANDRESSA PELLANDA: Come on, Rui, this will be a different final episode. We are going to talk just the two of us here today. I even miss a guest to start asking questions. But I am excited!
RUI DA SILVA: I am also very excited. So, to make this balance of our first year of Eduquê… We spoke with guests who were in countries like Brazil, Portugal, Angola, Mozambique, Guinea-Bissau, and France.
ANDRESSA PELLANDA: And we dealt with several subjects. The right to education in extreme contexts, Mozambique that went through several situations of climate emergency and terrorism, and the advance of the privatization of education in Latin America and the Caribbean on a global scale, challenges for the regulation of the private sector. But we talked a lot about digital rights, Big Techs, which is one of the hot topics in Brazil and in the world. We brought a Brazilian guest, but she also has a global perspective. We had the 100th anniversary of Paulo Freire, and our podcast has not gone by without looking at this, obviously, with distinguished guests, people who knew, lived and studied and still live Paulo Freire’s work. But we also talked about the quality of public schools as a positive response to the pandemic, and curriculum, and the right to education in Guinea-Bissau and those other countries. So it was a year full of conversations about great issues in education and all immersed in the context that we are living in, which is a challenging context.
RUI DA SILVA: That’s true, this challenging context, and I think that of the episodes that we released this year in our podcast Eduquê… And I think I would highlight three episodes. I would highlight, let’s say they were the ones that were my favorites… I would highlight the one by Sergio Haddad, about “Educator.” He gave us insight into aspects of Paulo Freire’s life. For example, I didn’t know about him, and other more personal aspects.
ANDRESSA PELLANDA: It is as if we were close now.
RUI DA SILVA: Exactly. We had this conversation. He used a more intimate look at the other side of Paulo. I would also highlight, maybe, Isabel da Silva’s episode, about Mozambique, it was our first episode, and I think it was a good opening when it threw us something into the context of Mozambique. The question of the challenges of education in a country that is facing a conflict in the North of the country, and is also facing a response to the challenges of the hurricane… And finally, I would highlight a lot more while my profile, isn’t it, and when I speak in more academic terms and research terms I think Marina Avelar’s episode was very interesting because it brings us the other side of the discussion rather than just talking about privatization of education. The focus was on why public education works and gives in examples where public education and public investment in education, with examples from various parts of the world, from Africa to Latin America. How this investment in public education works, public education works, and therefore this common-sense idea that private manages better, has better results, it’s not, the study she presented to us shows that this is not true. It’s contextual, it depends. And public education actually works. And you, Andressa, what would you like to highlight from our episodes of this year 2021.
ANDRESSA PELLANDA: Ah, I really liked Sergio Haddad. As you said, he brings us the biography of Paulo Freire, the “Educator”, not only because of the title but also because of this issue you brought up, which makes us more intimate, we get to know a little more about the personal motivations for Paulo Freire’s coming, also bringing a very current context. But I also particularly liked my place. This is the diversity of our podcast, of education activists, I really enjoyed listening and learning more about the countries, the activists from the countries that were invited… You have already mentioned Isabel, with very important emphases and learnings that she brought to us in relation to Mozambique, which faces a number of overlapping challenges in the area of education and we know a little bit about the work they do in Mozambique through the Lusophone Network, but not as deeply as we can know. In the podcast, so I stop to hear about Mozambique, about the challenges and how they face it. Vitor Barbosa himself also brought scenarios from Angola, also from Youth and Adult Education, bringing Paulo Freire in this perspective, but making this conjuncture the very situation of the country in education and also the movement in Angola for the Right to Education. And then I think it was very surprising to me, it was one of the greatest learning experiences with Miguel, from Guinea-Bissau. I did not know Miguel, although he is very well known in Brazil and in the world. I did not know him, and it was very gratifying to get to know and understand the history of Guinea-Bissau, which is a very rich and interesting history from the perspective of the popular struggle for the guarantee of rights and also of the current processes of colonization that international organizations try to interfere in the policy guidelines of the countries. For me, it was also very interesting in academic terms because I research the global situation of the actors and of these regimes in education. It is looking at this perspective from the domestic to the global, to these multilateral organizations. It was also very interesting to understand how they start to act and also bring about very damaging issues and international interference in domestic issues that would need much stronger national support. And we always defend this here in Brazil, that we can make our policies from the bottom up and in a horizontal, participative, democratic way with the subjects of education, of course, not leaving aside the learning and the international issues of other actors but starting from our movements of our educational community, as is also the movement that Guinea-Bissau does a lot, despite having a strong interference from global actors. So, this was one of the things I learned the most, so in terms of impact. Rui, I would also like to talk a little bit to our listeners about what we have learned as presenters and the other producers of the podcast, which is the first time that I am presenting a podcast, as you said.
ANDRESSA PELLANDA: I have been talkative since I was a child. People always say that I talk a lot. When I was a child I even joked that I was a scratched record, because I talked a lot. And yet it is a challenge because it is a specific format, it has a specific audience, there is a whole process of dialogue with those who are being invited to our podcast, and there is the whole technical part. We are here in these beautiful, different microphones that we also had to learn how to use, our listeners don’t hear this part because it is edited, but at the beginning of the podcast, we clap our hands to start the one-two-three so we can start at the same time and make the editing of the podcast easier. And people think it is very trivial. Sometimes, in the podcast because it is in profusion in the world and is widely used, but the truth is that what reaches the listener depends on the work of several people prospecting from the contact with the interviewee to all the recording part. The part of the production, of a script, of editing, and finally the whole part of going on the air and making this whole system work. So this part of the iceberg that is under the water is also very interesting to talk about, considering that we are an education podcast and can also make a communication here in our discussion.
RUI DA SILVA: Exactly. It was a very big learning and I think we all have this big jump. We have to take a big leap in learning and our listeners can see it in the credits. There is a big team from Eduquê, for example we are here recording Renan and Mari are here supporting the more technical part, but we also have Jose, we have sometimes our dogs that show up. We have our cats that show up. We have our mistakes and we are reading the introduction. We are introducing the state and we have to repeat the recording as obviously you don’t hear it. There are many times I, for example, and my chair makes a noise and ruins the recording. I’ve tried several solutions, but I still can’t solve them. I think now it just made a noise and so it was this long learning process. And as you also don’t know but for example during our scheduling during this year. It dribbled out other guests, but unfortunately for some other reason, we’re not able to be with us. And we also try to fulfill this monthly release of a new episode, and it joins all our other tasks. Sometimes it’s heavy, but it’s a great pleasure and for me also as a novelty, I had never presented a show and I had never dealt with the most sophisticated microphones and it’s been a very good experience. And also, it’s thanks to Andressa at the time we’re discussing podcasts, for challenging the presentation and the two of us together. And of course I think we also owe a big thanks to FreshEd. It was through this contact with FreshEd and everything that passed all the know-how to us and also got us some funding so that we could have this quality. It is not necessary to be modest, it is not, this quality of production, of post-production, and we were able to build this project.
ANDRESSA PELLANDA: And I think that the quality also goes through the challenge, is that we were able to bring guests from all over the world, and this challenge goes through not only the very technical and practical issue of scheduling meetings at times that are not convenient for all of us. Sometimes we wake up early. It’s a good thing that the podcast is just listening because my face sometimes at dawn was practically a sleepy face, but we always wake up to do the podcast with great pleasure. I don’t think there was a day that I didn’t come to record here. I learned a lot and I am very happy with what we were doing, that we were learning. And it also goes through the challenge of the different accents or subjects that are brought in, and I think that this was also one of the questions that I asked Rui to be the presenter so that we could have a diversity in the presentation itself about the Portuguese, that we speak differently in each one of the places in the world. I think this is an issue that only the Eduquê podcast has, of those that I know, and I think it brings a great diversity. We even had a ‘portunhol’ spoken by a French woman and with a very rich episode as well. I think we were also able to advance in this aspect, and for next year we are full of ideas, right, Rui?
RUI DA SILVA: And with next year we are full of ideas and we want to continue to bring this diversity of looks and listen to the voices of people who work in practice and in academia… It’s trying to make this bridge. And next year we are thinking of bringing other perspectives by listening to alternatives in the field of education. Maybe we can go through the various continents as we mentioned in the beginning, and for those who speak and hear Portuguese, which is not the case, as Andressa says, we will have a guest from France who spoke a little ‘portunhol’, to talk about the Abidjan Principles and the right to education and this coming year we intend to continue this saga and our focus will be on alternatives. Andressa, I don’t know if you want to give some examples of our plans already?
ANDRESSA PELLANDA: Yes, so here in Brazil we have a very strong perspective of working with traditional peoples, peoples and traditional populations. So we would very much like to bring quilombola populations, which is a word that we never manage to translate into other languages and I don’t even think that some Portuguese speakers know this word, which are populations that descend from slaves and are ‘aquilombados’ here, so they live in communities that fight for the resistance of black people with a very rich culture of their own. So we have been doing very strong work to get to know the education of this population, work also in partnership with Conaq, which is the organization that brings together the quilombola peoples in Brazil. So, for example, this is a spoiler that we are giving about one of the perspectives that we want to bring. So, indigenous quilombolas, other traditional populations, let’s invite them to come and talk here, not only researchers but also the subjects of law themselves, the representatives of some of these communities.
RUI DA SILVA: Exactly, and always trying to intersect with scientific research on these others from different perspectives, which is our commitment, this look that we try to bring here, to our listeners, this diversity, this mixture between academic production and the daily practice of educators and communities.
ANDRESSA PELLANDA: So, we also have ideas for other international guests. I have spoken a little about Brazil, but we also have other ideas for international guests. Now, we are working much more closely with São Tomé and Príncipe and East Timor, which are two countries that are part of the Lusophone Network for the Right to Education. They have recently started participating in our activities again, so it will also be very interesting to get to know the work of a Portuguese-speaking country in the Asian continent. To also understand how this issue goes through the work and the reality of education in these countries… So this diversity will also be present in the regions, in the perspectives of work from several places around the globe, not only in the territories and more locales that we are discussing.
RUI DA SILVA: Exactly, so these are all our plans – not ours, just mine and Andressa’s, but the whole team’s – I invite you to go to the website, the team section, and see what our team is. We would also like you to have suggestions for episodes, for guests to reach out to us, that information that we will be happy to receive your feedback and your suggestions, and we will treat them with the greatest care and try to address them in our episodes with construction. So let’s try what our listeners say. Also, participate in this construction.
ANDRESSA PELLANDA: And since education is the appropriation of culture, we are going to bring diverse cultures. Here is one of our wishes, and I will leave you with the live challenge that it would be very interesting if we could bring someone from the Museum of the Portuguese Language, which is here in São Paulo, the museum that caught fire due to lack of investments, in infrastructure, an accident that happened, and that was re-inaugurated. And we are also very interested in understanding what the Museum of the Portuguese Language has to say about our language. And I already have some contacts and we will see if we can talk to someone from the museum and make some partnership so that we can also bring the learning from the Portuguese Language Museum here on the podcast. So, education, culture, struggle, research from various parts of the world, from various perspectives and what you will continue to find here in the podcast, then this year you have already found a little and next year too.
RUI DA SILVA: Exactly, and as you have already realized if you want spoilers and to send emails, Andressa, don’t send them to me that I am here controlling a lot not to give too many spoilers. And Andressa has already managed to release at least two of them, that I have been able to take note of, and so anyone who can’t handle the production of the episodes for 2022, anyone who is really anxious to see what the themes are, maybe if they contact Andressa they will get some more spoilers, right?
ANDRESSA PELLANDA: I can’t stand the excitement, Rui! And it’s good because it leaves us with a published commitment to make it happen. So if it doesn’t work out, we’re sorry, in fact, I’m sorry because I’m giving spoilers ahead of time, but it’s good to give some spoilers, people want to hear them later, they get curious… I’m excited.
RUI DA SILVA: That’s even why I took another positive side of being two and having one we have quite different personalities, besides the accents and we also managed to complement each other in something much more controlled in terms of spoilers and much more at ease and sharing.
ANDRESSA PELLANDA: I was going to say that I held some back, but I’m trying to remember others that I didn’t say, that I don’t remember. So I didn’t hold back because I wanted to. I held on because the lack of memory is constant and so I wanted to leave a huge thank you to our listeners, first of all, who have followed the podcast and this adventure that we are doing here, which is one of the jobs that I did with most pleasure this year, that I learned a lot and that I hope will have a long life. I would also like to thank Rui, who shared this challenge of presenting here with me, and especially Mari, Renan and José, all the people who were part of this production here. Without them, we would not have this podcast standing, and they give all the support for this to happen. So, I hope that we can continue to fulfill the spoilers I gave and that we can keep having fun, bringing culture and also bringing a lot of fight to this challenging moment we are living in Brazil and also in the world for our education. These are our wishes for 2022, which is just around the corner.
RUI DA SILVA: I make your words mine, in fact. Thank you very much for this partnership. We have deepened for our listeners that this bit of talk turns into more of a spoiler, but internal: that the whole team produces this podcast… We’ve never been all together, have we, which we always meet in virtual space. So thanks to you, Andressa, for this opportunity. Let’s get on with this partnership, but also many thanks to Renan, Mariana and Jose, and everyone else who is part of it that allowed us to put this podcast on foot, and me as a big fan of podcasts, sometimes it doesn’t even seem true that I am also producing this podcast. One more spoiler: I have always prioritized recording the podcast and producing the podcast over all my other tasks except, of course, family comes first… But right after that comes Eduquê. So, until 2022! And we hope to continue counting on you. Don’t stop contacting us with suggestions! Thank you.
ANDRESSA PELLANDA: This was the Eduquê podcast in 2021, stay with us also in 2022. Happy Holidays! If you have comments, suggestions, criticisms, conversations… Talk to us at comunicacao@campanhaeducacao.org.br. Let’s talk and build this podcast together!
RUI DA SILVA: Together you can know our news by following the National Campaign for the Right to Education and offer on social networks the transcript of this episode, which is available on the Campaign’s website and translated into English on the website of the international podcast FreshEd, at freshedpodcast.com
ANDRESSA PELLANDA: The opinions expressed by the show solely correspond to those of the hosts and guests – and do not necessarily represent institutional positions of FreshEd and the Brazilian Campaign for the Right to Education.
RUI DA SILVA: If you liked Eduquê, please rate it! Rate Eduquê with 5 stars on your favorite podcast platform. It really helps us a lot!
ANDRESSA PELLANDA: Eduquê is executive produced by Renan Simão and Will Brehm. Mariana Casellato, José Leite Neto, and Rui da Silva are producers. The original music for Eduquê is by Joseph Minadeo, of Patternbased Music.
RUI DA SILVA: Eduquê is funded by the Institute of Education at University College London, by NORRAG – the Network for International Policies and Cooperation in Education and Training – and by listeners like you.
ANDRESSA PELLANDA: Do your contribution at freshedpodcast.com/donate or at direitoaeducacao.colabore.org. Thank you for your attention. This is Andressa Pellanda, general coordinator of the Brazilian Campaign for the Right to Education.
RUI DA SILVA: This is Rui da Silva, researcher and president of the African Studies Center of the University of Porto, from Portugal. See you next year!
ANDRESSA PELLANDA: See you in 2022! And Bolsonaro Out!
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